terça-feira, 7 de maio de 2013

"A literatura cria a felicidade", afirma homenageado da FestiPoa Literária

"A literatura cria a felicidade", afirma homenageado da FestiPoa Literária

Cristovão Tezza fala da prosa, de novo livro e da festa que se inicia na sexta

Cristovão Tezza fala da prosa, de novo livro e da festa que se inicia na sexta <br /><b>Crédito: </b> Divulgação CP
Cristovão Tezza fala da prosa, de novo livro e da festa que se inicia na sexta
Crédito: Divulgação CP
A 6ª Festa Literária de Porto Alegre - FestiPoa Literária inicia na próxima sexta e segue até o dia 19, homenageando neste ano o escritor Cristovão Tezza, de 60 anos. Catarinense radicado em Curitiba ele é autor de entre outras obras de "A Suavidade do Vento" e "O Filho Eterno". A novidade desta edição da festa será o papel de escritor-anfitrião, a ser encarnado pelo gaúcho Altair Martins, autor de obras como "A Parede no Escuro" e "Enquanto Água".

Além de Tezza e Altair, a festa literária terá a presença de mais de 100 autores, entre os quais Antonio Cicero, Daniel Galera, José Castello, Vicente Cecim, Luiz Ruffato, João Gilberto Noll e Sergio Sant’Anna. “O objetivo da FestiPoa é tentar questionar, contestar, provocar o debate e a reflexão acerca da produção literária contemporânea”, afirma o idealizador Fernando Ramos. Leituras, lançamentos de livros, oficinas, cursos, debates, shows, filmes, saraus, concurso literário, performances estão na programação que tem entrada franca e pode ser acessada no
site oficial do evento.

Tezza estará em Porto Alegre na sexta para a abertura da FestiPoa, em mesa com Altair Martins e Luiz Ruffato às 19h no Auditório Luís Cosme, da Casa de Cultura Mario Quintana. Nesta entrevista ao Correio do Povo, ele fala sobre o ofício de escrever, a prosa, a festa literária e novos projetos, entre outros temas.


Correio do Povo – Como é uma pergunta que perpassa grande parte do livro O Espírito da Prosa, não podia deixar de fazê-la. O que leva alguém a escrever?
Cristovão Tezza -
Em momentos históricos e em situações diferentes são muitas as razões: o desejo de mudar o mundo, a vontade de agradar, o espírito da imitação, a ânsia de prestígio, a luta por dizer umas boas verdades - mas tudo isso diz muito pouco, quando a escrita começa a tomar conta do escritor. Se eu penso no que a literatura tem de mais forte, eu diria que o que nos leva a escrever é a infelicidade. Pessoas felizes não escrevem: vão ao cinema, namoram sem traumas, vivem tranquilas. Os infelizes é que se trancam num quarto e passam horas e horas escrevendo, sem ninguém pedir e sem nenhuma certeza de nada. Mas, para a imagem não ficar muito trágica, é bom lembrar que, se é fruto da infelicidade, por outro lado a literatura cria felicidade.

CP – Qual é o espírito da prosa de Cristovão Tezza?

Tezza -
Uma pergunta difícil - cheguei a escrever um livro com esse título para tentar entender o espírito da prosa. O fundamento da prosa são os outros, da linguagem à visão de mundo. A prosa descentraliza a linguagem, ela é sempre menos um discurso e mais uma conversa.

CP – A tua biografia literária é algo que nos faz crer que é possível um Brasil de grandes autores, mesmo com tantos estímulos. Como seriam os estímulos ideais para um Brasil mais literário?
Tezza -
Essa é uma área em que não há milagres: o estímulo fundamental é a formação básica do leitor, que começa lá na creche. Se nos restasse apenas uma única verba para o estímulo à leitura, toda ela deveria se dirigir inteira ao ensino fundamental, à universalização do acesso à palavra escrita. Não há processo civilizador sem leitura, e o Brasil está muito atrasado nesta área. Fomos um país modernizado pela televisão, que é pura oralidade; está na hora e o livro recuperar o terreno perdido, aproveitando até mesmo os recursos do computador e da internet, que voltaram a colocar a palavra escrita num primeiro plano, por incrível que pareça.

CP – Como te sentes por seres o escritor homenageado da 6ª FestiPoa Literária, num festival com participação de autores do quilate de Luiz Ruffato, Altair Martins, Vicente Cecim, José Castello e Marcelino Freire?
Tezza -
Fico muito feliz. Sempre fui um pouco refratário às homenagens - bicho-grilo dos anos 70, não fui nem à minha própria formatura em Letras - mas o convite da FestPoa, é claro, foi irrecusável. É um prazer imenso voltar mais uma vez a Porto Alegre para participar deste Festival, e mais ainda como autor homenageado. E isso tem um sabor muito especial por ser o Rio Grande do Sul um Estado com uma presença fortíssima na literatura brasileira, ontem e hoje. É uma honra partilhar desta tradição.

CP – Tu começaste trabalhando com teatro de vanguarda e alternativo no final dos anos 60 e 70 e depois te envolveste com a literatura. Como analisas o fato de livros teus terem recebido adaptações dramatúrgicas?
Tezza -
A adaptação de "O filho eterno" para o teatro foi uma das coisas mais surpreendentes da minha vida de escritor. Gostei muito da adaptação e da montagem, simplesmente maravilhosa. Se o tema do livro já era difícil na literatura, no teatro a dificuldade aumenta muito, mas os Atores de Laura deram conta do desafio. E o mesmo grupo está montando agora "Beatriz", uma peça baseada no romance "Um erro emocional" e nos contos de "Beatriz". Para o cinema, tenho duas adaptações contratadas: "O filho eterno", com produção de Rodrigo Teixeira, e "Juliano Pavollini", que será dirigido pelo Caio Blat.

CP – Pergunta sempre presente, esta não poderia faltar: sobre o que trata o próximo projeto e quando travaremos contato com ele?
Tezza -
Agora em maio está saindo pela Record "Um operário em férias", uma coletânea de crônicas organizadas por Christian Schwartz, com ilustrações de Benett. E já há um bom tempo estou escrevendo um novo romance, que vai me tomar mais um ano de trabalho, no mínimo. Por isso estou viajando pouco em 2013, recusando muito convite. Preciso me concentrar no novo livro. Já não tenho a mesma energia de antigamente, quando conseguia fazer tudo ao mesmo tempo. Hoje, escrever exige concentração total. Fonte: Luiz Gonzaga Lopes:  Correio do Povo

A Semana de Arte Moderna

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Introdução
A Semana de Arte Moderna ocorreu no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, tendo como objetivo mostrar as novas tendências artísticas que já vigoravam na Europa. Esta nova forma de expressão não foi compreendida pela elite paulista, que era influenciada pelas formas estéticas européias mais conservadoras. O idealizador deste evento artístico e cultural foi o pintor Di Cavalcanti.
Arte Moderna 
Em um período repleto de agitações, os intelectuais brasileiros se viram em um momento em que precisavam abandonar os valores estéticos antigos, ainda muito apreciados em nosso país, para dar lugar a um novo estilo completamente contrário, e do qual, não se sabia ao certo o rumo a ser seguido. 
No Brasil, o descontentamento com o estilo anterior foi bem mais explorado no campo da literatura, com maior ênfase na poesia. Entre os escritores modernistas destacam-se: Oswald de Andrade, Guilherme de Almeida e Manuel Bandeira. Na pintura, destacou-se Anita Malfatti, que realizou a primeira exposição modernista brasileira em 1917. Suas obras, influenciadas pelo cubismo, expressionismo e futurismo, escandalizaram a sociedade da época. Monteiro Lobato não poupou críticas à pintora, contudo, este episódio serviu como incentivo para a realização da Semana de Arte Moderna. 
Como foi
A Semana, realizada entre 11 e 18 de fevereiro de 1922, foi a explosão de idéias inovadoras que aboliam por completo a perfeição estética tão apreciada no século XIX. Os artistas brasileiros buscavam uma identidade própria e a liberdade de expressão; com este propósito, experimentavam diferentes caminhos sem definir nenhum padrão. Isto culminou com a incompreensão e com a completa insatisfação de todos que foram assistir a este novo movimento. Logo na abertura, Manuel Bandeira, ao recitar seu poema Os sapos, foi desaprovado pela platéia através de muitas vaias e gritos. 
Embora tenha sido alvo de muitas críticas, a Semana de Arte Moderna só foi adquirir sua real importância ao inserir suas idéias ao longo do tempo. O movimento modernista continuou a expandir-se por divulgações através da Revista Antropofágica e da Revista Klaxon, e também pelos seguintes movimentos: Movimento Pau-Brasil, Grupo da Anta, Verde-Amarelismo e pelo Movimento Antropofágico. 
Todo novo movimento artístico é uma ruptura com os padrões utilizados pelo anterior, isto vale para todas as formas de expressões, sejam elas através da pintura, literatura, escultura, poesia, etc. Ocorre que nem sempre o novo é bem aceito, isto foi bastante evidente no caso do Modernismo, que, a principio, chocou por fugir completamente da estética européia tradicional que influenciava os artistas brasileiros.
Curiosidades sobre a Semana de Arte Moderna:
- Durante a leitura do poema "Os Sapos", de Manuel Bandeira (leitura feita por Ronald de Carvalho) , o público presente no Teatro Municipal fez coro e atrapalhou a leitura, mostrando desta forma a desaprovação.
- No dia 17 de fevereiro, Villa-Lobos fez uma apresentação musical. Entrou no palco calçando num pé um sapato e em outro um chinelo. O público vaiou, pois considerou a atitude futurista e desrespeitosa. Depois, foi esclarecido que Villa-Lobos entrou desta forma, pois estava com um calo no pé.
Referencias:  http://www.suapesquisa.com/artesliteratura/semana22/

terça-feira, 12 de março de 2013

Governo de SP altera currículo do ensino fundamental e cancela o ensino de Geografia, História e Ciências.

Com nova diretriz, aulas de História, Geografia e Ciências foram retiradas dos três primeiros anos.

Os alunos dos três primeiros anos das escolas de ensino integral do ensino fundamental da rede pública do Estado de São Paulo não terão mais aulas de História, Geografia e Ciências. A nova diretriz da Secretaria Estadual de Educação é válida para as 297 unidades que migraram para o ensino integral.
Desta forma, mesmo ficando 8 horas por dia na escola, os alunos não terão aulas de ciências físicas e biológicas, história e geografia. Por outro lado, terão 15 aulas de língua portuguesa por semana no 1º e 2º anos, o que equivale a 60% da carga horária semanal. O restante será ocupado por matemática, com 6 aulas, 25% da carga horária semanal, e educação física e arte, com 4 aulas. No 3º ano, a carga horária de matemática sobe para 40% e a de língua portuguesa cai para 35%.
A Secretaria Estadual de Educação defende que o objetivo da reformulação é tornar o currículo escolar “mais atraente”. De acordo com a pasta, o processo que culminou na reformulação começou em 2011 e teve a colaboração de dirigentes e supervisores.
Maria Izabel Noronha, presidente da Apeoesp, criticou as mudanças na grade de disciplinas. “Tem de haver um fortalecimento em português e matemática, mas não retirar totalmente outras disciplinas. As crianças precisam ter acesso ao conhecimento geral, senão a escola fica só para habilitar”, disse. “Até questões de higiene vêm com essas disciplinas”, completou Noronha.
A consultora em educação Ilona Becskehazy também não concordou com as mudanças. “Não faz sentido. A tendência mundial tem sido trazer a reflexão científica para o 1º ano”, disse.
Com informações do jornal O Estado de S.Paulo

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

São 13.771 vagas no Concurso Público 2013 da Secretaria de Educação do Estado do Paraná SEED - PR para o cargo de Professor/Pedagogo. 
As inscrições no concurso do Magistério do Paraná deverão ser realizadas a partir das 10h do dia 25 de fevereiro de 2013 até às 12h do dia 09 de abril de 2013, somente via internet, no endereço eletrônico www.pucpr.br/concursos link Concurso do Estado do Paraná, menu Inscrição, onde o formulário de inscrição deverá ser devidamente preenchido e conferido pelo candidato. A impressão do boleto bancário estará disponível até 12h, do dia 09 de abril de 2013 e o pagamento deverá ser efetuado até o dia 09 de abril de 2013 até o final do expediente do sistema bancário.
O Concurso Público consistirá da avaliação de conhecimentos mediante a aplicação de Prova de Conhecimentos, de caráter eliminatório e classificatório, de Prova Didática, de caráter eliminatório e classificatório, de Prova de Títulos, de caráter classificatório, e de Avaliação Médica, de caráter eliminatório.
As Provas de Conhecimentos serão realizadas em 14 (quatorze) municípios polos, conforme estabelecido no edital, no dia 19 de maio de 2013,  em locais a serem divulgados no endereço eletrônico www.pucpr.br/concursos, link Concurso do Estado do Paraná, menu Ensalamento, a partir das 17h do dia 13 de maio de 2013.
Para mais informações, leia o edital do certame no site da organizadora (www.pucpr.br/concursos) ou no seguinte link direto:http://concursos.pucpr.br/edital_seap_017-2013.pdf
A Editora Solução, há 30 anos no mercado e de reconhecida qualidade, deverá estar lançando nos próximos dias uma apostila para esse concurso. Acesse http://www.editorasolucao.com.br/loja/loja.php?loja=244995&parceiro=8652 e confira.


fonte: seed

sexta-feira, 2 de novembro de 2012


SEED divulga Provas e Gabaritos do 2º Simulado do Enem

Confira as provas e os gabaritos dos Simulados da SEED, bem como as questões das provas, comentadas pela equipe do Departamento de Educação Básica (DEB).

2º Simulado SEED
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Acesse a prova


ícone simulado enemAcesse a prova comentada
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1º Simulado SEED
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Errata do gabarito
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Vídeos 
Questões comentadas do Simulado SEED, agrupadas por disciplina.
ícone arte
Arte
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ícone biologia
Biologia
parte 1 | parte 2

ícone educação física
Educação Física
parte 1

ícone filosofia
Filosofia
parte 1 | parte 2 | parte 3


Fonte: NRE
ícocne física
Física
parte 1 | parte 2 | parte 3

ícone geografia
Geografia
parte 1 | parte 2 | parte 3

ícone história
História
parte 1 | parte 2

ícone língua estrangeira modernaLEM - Inglês
parte 1 | parte 2
LEM - Espanhol
Parte1 parte 2
ícone língua portuguesa
Língua Portuguesa
parte 1

ícone matemática
Matemática
parte 1 parte 2

ícone química
Química
parte 1

ícone sociologiaSociologia
parte 1 | parte 2

sábado, 27 de outubro de 2012

O TEXTO HOMOERÓTICO


O texto homoerótico caracteriza-se pela fragmentação e pela ambiguidade. Através de uma multiplicidade de temas, abordagens, personagens e estilos, assim como os produzidos por mulheres, negros e índios. Da mesma forma que retoma a questão da dualidade heterossexualismo/homossexualismo discutindo acerca da misogenia, da homofobia e do heterossexismo é marcado pela alegria, tomada da palavra gay (alegre, jovial, em inglês), e certa irreverência. Entretanto, cabe aqui uma ressalva com relação ao uso do vocábulo inglês. Consoante José Carlos Barcellos (p. 25-26), emprego do termo se deve às: profundas transformações advindas com os movimentos de liberação que se desenvolveram na esteira da revolução sexual, de maio de 68 e de Stonewall, principalmente, e que determinaram o surgimento, nas principais metrópoles do Ocidente, de uma identidade gay, entendida como um estilo de vida multidimensional estruturado a partir de uma opção homossexual. Nesse momento, a “homossexualidade” extravasa os limites da categoria “orientação sexual” para abarcar hábitos de consumo, opções políticas, perspectivas políticas [...] enfim, todo um estilo de vida, que se distingue conscientemente, assumidamente, da maioria homossexual.

LITERATURA INDÍGENA


     A  literatura  indígena,  por  tratar-se  de  uma  cultura ágrafa,  tem  início na oralidade através do que Antonio Risério denomina “poemúsica”, já  que  os  nativos possuíam  habilidades  orais  ricas  e  variadas. Embora  representado de forma estereotipada na literatura nacional por um  tempo, o índio consegue hoje expressar sua cultura em textos ora traduzidos para o português por antropólogos e pesquisadores, ora professores indígenas bilíngues, ou então por escritores indígenas que migraram para os centros urbanos.

Um  dos  fatores  que  contribuiu  para  a  disseminação do  discurso dessa  minoria  foi  a  oficialização  pelo governo  brasileiro  da  existência das línguas indígenas. Tal política possibilitou a educação bilíngue nas escolas  indígenas  que  até  1988  estavam condicionadas  ao  currículo nacional brasileiro de educação. 

Na  1ª.  geração  do  Romantismo  brasileiro,  o  índio aparece nas  obras  de  José  de  Alencar:  Iracema,  O Guarani  e  Ubirajara.  Já  no Modernismo, Mário de Andrade escreve Macunaíma que reúne em uma única personagem  a  miscigenação  do  índio  com  o  negro. Porém,  são histórias sempre contadas sob a perspectiva de autores brancos.

A vinda de membros das comunidades indígenas para os grandes centros  urbanos  fez  surgir escritores como  Daniel  Munduruku,  Yagurê Yamã,  Kaká  Werá Jacupé  e  Eliana  Potiguara,  entre  outros. Porém, independente do lugar onde vivam, esses escritores falam de si mesmos e  através  de  suas histórias  narram  conhecimentos,  mitos  e rituais transmitidos  de  uma  geração  a  outra  pela oralidade.  Nesse  sentido, pode-se pensar na literatura indígena como uma estética particular que além de apresentar valores culturais, atua como instrumento de luta, de conscientização e de libertação.

Munduruku é autor de livros como História de índio (1996), obra dividida  em  três  partes  que  traz crônicas,  depoimentos,  informações sobre povos indígenas, além de umglossário da língua munduruku; Kabá darebü  (2002),  direcionado  a  crianças  em início de  alfabetização,  trata sobre as possibilidades do conhecer de uma criança nativa criada dentro de sua cultura e O segredo da chuva (2003), uma narrativa que em muito lembra os mitos indígenas, tendo como personagem principal o menino Lua, cuja missão é defender a aldeia e a floresta, contando com a ajuda de um macaco, uma onça e uma capivara.